Professor na Educação Moderna

É muito importante o professor refletir que é impossível ensinar sem o fazer baseado numa dada teoria. Mesmo o hábito cotidiano tem pelo menos implícita uma base teórica: cada um de nós opera segundo certas suposições e crenças, sendo irrelevante que pessoalmente possamos não as conhecer. A tarefa relevante nesta era de rápida evolução social, intelectual e tecnológica é tornarmo-nos conscientes das bases sobre as quais avançamos; tornar o nosso próprio pensamento educativo tão explícito quanto possível e expandi-lo para um diálogo social mais amplo.


Nós professores estamos envolvidos no cerne de tudo isto, pois é sobre nós que recai a tarefa de pôr em prática qualquer forma de educação que procuremos desenvolver. Neste ambiente moderno, os professores já não podem ser funcionários cegos; a sua tarefa está a tornar-se crescentemente mais difícil, de muitas maneiras. Quer a teoria quer a bibliografia moderna acerca da educação aumenta continuamente a um ritmo cada vez mais acelerado, pelo que somos agora confrontados com a difícil situação de que quanto mais sabemos acerca do processo educativo mais exigente se torna a tarefa de avaliar as diferentes alternativas. Isto traz consequências sérias. Em primeiro lugar, significa que o estudo da educação como um processo social fundamental  está  transformando numa atividade extremamente cotidiana na vida dos jovens e adolescente, especialmente dado que a educação está a tornar cada vez mais no meio que nós cercam. E isto significa, por sua vez, que todos aqueles que participam no processo educativo, e particularmente quem é responsável por fornecer liderança — principalmente os professores, no sentido mais lato do termo — tem de alcançar um elevado grau de consciencialização e de compreensão das questões em causa.




Vale ressaltar que torna-se necessário indicar em que consiste este sentido mais lato de professor. Geralmente, pensamos que um professor é uma pessoa que se situa diante de uma turma de alunos, no processo formal, e instrui a partir de uma posição de autoridade intelectual e social. Claro que isto é apenas uma parte do conceito, e nesta época de transformação rápida da sociedade e de gradual extensão e formalização do processo educativo, seria bom que compreendêssemos que há várias maneiras pelas quais uma pessoa pode atuar como professor; isto quer dizer que há muitos modos diferentes em que ocorre o ensino e seu conceito correlato de aprendizagem, desde os deliberados, conscientes e formais até aos não-intencionais e informais. Quando os ambientalistas, por exemplo, nos falam das consequências ambientais de determinadas construções e nos impelem a atuar de determinada maneira estão atuando como professores. À medida que a nossa sociedade se torna mais complexa e independente, a vocação para ensinar, sejam quais forem as finalidades e os estilos do ensino, tornar-se-á mais importante; e dado que o modelo estrito de instruir em sala de aula é cada vez mais desafiador é importante que tenhamos consciência deste sentido mais amplo e mais substancial do termo.





Enquanto antigamente era viável e até comum que os professores se limitassem a ensinar aos seus alunos aquilo que eles próprios tinham aprendido, e da mesma maneira, com pouca ou nenhuma consciência do quadro de referência teórico geral, hoje esta maneira de proceder é claramente inapropriada. Claro que é possível continuar a ensinar deste modo usual e muito pouco informado, mas, a partir de agora, atuar assim indica uma indiferença consciente e até mesmo propositada; já não é simplesmente possível aos professores continuarem a desconhecer que a prática da sua vocação é guiada por um vasto conjunto de teorias complexas. Pelo contrário, os professores atuais precisam de muito mais do que apenas a aquisição de um conjunto de técnicas e de um corpo de conhecimento relevante.

Precisam de um ponto de vista pessoal acerca da sua função como professores e da razão de ser que subjaz à sua função. Face ao questionamento corrente de todas as tradições, crenças e autoridades, os professores de hoje estão obrigados a organizar por si o que é importante na educação e qual o papel que ela deve desempenhar na sociedade.

Retirado de Theories of Education: Studies of Significant Innovation in Western Educational Thought, de Bowen e Hobson (Brisbane: John Wiley & Sons, 1987, 2.ª ed., pp. 8-9)







Fies passa a Financiar Alunos dos Cursos de Mestrado e Doutorado

Os discentes de cursos de mestrado, doutorado e educação profissional de nível médio também poderão recorrer ao Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies, para pagar suas mensalidades. Até agora, só os alunos de graduação tinham o direito ao financiamento.


                                      


A portaria foi publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União e abrange todas as formas de pós-graduação stricto sensu: mestrado, mestrado profissional e doutorado.

 Nesta primeira fase, as instituições de ensino privadas interessadas em aderir ao Fies devem se inscrever. Só serão aprovadas as instituição de ensino que tiverem cursos bem avaliados pelo MEC. Passada essa fase é que os estudantes interessados vão poder se inscrever. Contudo, o MEC ainda não tem ainda essa data fechada.

 Essa expansão é bastante positiva pois possibilita mais pessoas a ingressarem na pós-graduação. Ao contrário da graduação que tinha uma demanda reprimida, o campo do mestrado e do doutorado é diferente. São pessoas com mais bagagem que querem aprofundar o conhecimento em uma determinada área.


 Cerca de 31 mil pessoas devem ser beneficiadas pela nova modalidade em mais de 600 programas de mestrado e doutorado. O financiamento não atenderá cursos de pós-graduação, nem de ensino à distância.






Os cursos que não conseguirem nota ou conceitos satisfatórios na avaliação da Capes terão o direito de fechar novos contratos suspenso. A nota mínima para que um curso de pós-graduação seja recomendado pela Capes é de 3, numa escala que vai de de 1 a 7, sendo que faculdades com notas 1 ou 2 não são reconhecidas pelo MEC.


 O Fies foi criado em 2001 para atender somente a alunos que desejassem estudar em cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior. Por meio do contrato, o estudante paga, a cada três meses, o valor máximo máximo de R$ 50, que corresponde somente aos juros incidentes do financiamento. Ao fim do curso, já com o diploma na mão, o estudante tem 18 meses de período de carência para se reestruturar e se preparar para saldar as dívidas, que podem ser parceladas em até três vezes no período financiado do curso, acrescido de 12 meses.






Após o STF aprovar o repasse, docentes da rede estadual exigem o pagamento de precatórios.

O repasse de R$ 1,731 bilhão foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que os docentes da rede estadual da Bahia recebam a quart...