Uma onda de entusiasmo invadiu o pátio da Escola Estadual Waldir Almeida Costa enquanto o sol da manhã ainda estava baixo, pintando o céu de Rubim com tons de laranja e rosa. Não era um dia comum. Naquele dia, as mochilas carregavam não só cadernos e livros, mas também lancheiras reforçadas e uma atmosfera de expectativa. Os alunos se preparavam para uma aula diferente: uma visita à Fazenda Pedra Parda, um confinamento bovino que impulsiona a economia local.
O ônibus escolar, veterano de inúmeras estradas de terra, parecia sorrir com seus faróis arredondados. A viagem pela zona rural de Rubim já constituía uma aula prática de geografia. O Diretor Roosevelt (Animal) indicava a vegetação do cerrado, discorrendo sobre como as plantas se adaptam ao clima e a relevância da pecuária para o progresso do Norte de Minas.
Ao chegar ao portão da fazenda de confinamento, a primeira impressão foi de imponência. Fileiras e mais fileiras de currais se estendiam, formando uma cidade de bois. O ar estava impregnado de um odor característico – terra, esterco em decomposição e ração – que representou a primeira grande constatação para muitos: a teoria do livro adquiria um cheiro, uma textura, uma realidade concreta.
O grupo foi recebido pelo gerente da fazenda, que usava chapéu de couro e tinha um sorriso fácil. Suas mãos calejadas eram testemunhas de anos de trabalho árduo. Ele foi o guia ideal, convertendo cada aspecto complexo em uma explicação simples e cativante.
A visita teve início pelo setor responsável pela preparação da ração. Os estudantes observaram máquinas enormes combinando milho moído, silagem de sorgo e outros componentes em medidas precisas. "É como uma receita de bolo para engordar o boi de maneira saudável e rápida".
O momento mais marcante foi quando se aproximaram dos currais. Centenas, milhares de bovinos observavam a fila de jovens curiosos. O barulho era um mugido constante, a trilha sonora da produção. Os estudantes foram instruídos sobre os cuidados com o bem-estar animal, destacando a relevância de proporcionar sombra, água fresca e limpa à vontade, além de um manejo adequado para prevenir o estresse. Eles puderam observar de perto a marcação e o controle sanitário, além de compreender que cada animal era acompanhado de forma individual.
A visita da Escola Estadual Waldir Almeida Costa ao confinamento bovino foi mais do que um passeio. Foi uma aula de raiz, que plantou nos alunos um novo olhar sobre sua terra, sua gente e seu futuro. Foi a constatação de que o conhecimento não vive apenas entre as páginas de um livro, mas pulsa, respira e mugia bem ali, no coração de Rubim. Veja o vídeo a seguir:
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