O desejo de romper barreiras
tradicionais na educação às professares Maria Aparecida Pereira Brito, Cleide
Santos, Heloisa Rocha, Ilma Sousa, Lindinalva Rocha, Luciléia Viera e a Diretora Adélia Cardoso introduzir o circo
nas aulas esta semana. Elas iniciaram o planejamento nas turmas de 4° e 5° anos
da Escola Ribeira do Capim Assú (Jordânia MG), almejando dois objetivos:
valorizar cultura corporal dos discentes além de quebrar barreiras da timidez e
propor algo que representasse um desafio tanto para elas como para seus alunos.
As crianças, consideradas personagens principais e
protagonistas das suas ações, revelaram por meio de gestos, olhares,
movimentos, risos, palavras, silêncio e brincadeiras, a importância que o circo
tem para elas, e o valor que dão às atividades circenses.
De acordo com Roman e Steyer (2001): A construção do
conhecimento e a formação da criança objetivam uma melhor disponibilidade do
indivíduo a partir de vivências que possibilitem a conscientização das
limitações e facilidades que cada um apresenta na relação consigo mesmo, com os
outros, com o meio e o conhecimento. (p.42)
A potencialidade reveladora dos objetos da cotidianidade
precisa ser teoricamente ativada para que as possíveis revelações ocorram. De
nada adiantaria simplesmente postular a fecundidade do estudo da vida cotidiana
para o conhecimento do homem sem indicar como é possível obter esse
conhecimento a partir da cotidianidade. Para isso, é indispensável a formulação
de teorias que indiquem seletivamente o que e como descrever e analisar aquilo
que, sem elas, seria caos factual. (p.66)
O circo veio de longe na história. Nasceu em
Roma, mais de 200 anos antes de Cristo. Primeiro, ir ao circo significava ir a
uma festa religiosa ao ar livre. Depois, o circo virou um lugar para
competições de homens com homens, animais com animais e homens com animais. No
circo também aconteciam corridas de charretes que começavam de manhã e só
terminavam à noite. Sua estrutura era composta por 3 partes: a arena ou pista,
onde o espetáculo acontecia; a arquibancada, onde a plateia se divertia, e as
cavalariças, onde carros e animais eram guardados. O maior dos circos romanos
chamou-se Maximus. Era feito de pedra e tinha capacidade para milhares de
pessoas. Hoje o que resta do Maximus são somente seus escombros. O circo em
Roma dava aos pobres um divertimento que não precisava ser pago; assim eles se
esqueciam da tristeza, rindo muito de tudo o que viam. Os acidentes nos circos
eram um grande perigo, tanto para os que faziam o show quanto para a plateia
que, às vezes, era atingida por charretes que capotavam sem controle. Os
corredores, para compensar o perigo do show, ganhavam muito dinheiro em moedas
de cobre. A plateia apostava quem seria o vencedor e usava túnicas com as cores
iguais às das túnicas de seus corredores favoritos. Faziam o que hoje
conhecemos por torcida organizada, igual à dos times de futebol. A plateia era
uma parte do espetáculo. Quem lutava com as feras eram os prisioneiros de
guerra, escravos ou malucos que queriam arriscar suas vidas por causa da emoção (Torres, 1998).
Fontes de Pesquisa
SOUZA, Alexsandra de. “VAMOS BRINCAR DE CIRCO?” AS BRINCADEIRAS DAS CRIANÇAS DA
ESCOLA “BRINCANDO DE CIRCO” E DO REALITY CIRCUS. TESE DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO. FLORIANÓPOLIS
2004.
Fonte Iconográfica: Luciléia Vieira