
Uma esmeralda de 92,5 kg, descoberta na Serra da Carnaíba, entre as cidades de Pindobaçu e Campo Formoso, no norte da Bahia, será leiloada com valor inicial de R$ 100 milhões. A empresa Bid Leilão, encarregada da venda, forneceu as informações.
A pedra preciosa é uma canga de esmeralda, rica em cristais hexagonais do tipo esmeralda, na maior parte bem preservados. Com dimensões de 68 cm x 43 cm x 40 cm, foi localizada na área da Serra da Carnaíba, porém a cidade de origem não foi informada.
A pedra preciosa, conhecida como "Pequena Notável", recebeu esse nome em homenagem a Carmen Miranda, que era chamada assim por sua estatura baixa. Assim como a artista, a pedra é pequena, porém rica em cristais do tipo esmeralda.
Segundo a empresa, a joia foi comprada de um empresário carioca do ramo metalúrgico, que é colecionador e investidor de ativos minerais, em agosto de 2024. Ele resolveu leiloar a esmeralda quase um ano depois de comprá-la.
O leilão ocorrerá no dia 8 de agosto, de maneira virtual, e a pedra estará disponível para visualização no site da empresa ou pessoalmente no Rio de Janeiro, com agendamento prévio
A pedra não foi lapidada, ou seja, permanece em seu estado natural, como foi encontrada na mina. A lapidação é o processo realizado para converter pedras preciosas em joias, como colares e anéis.
Uma esmeralda descoberta em Pindobaçu, no interior da Bahia, ganhou destaque nacional neste ano. A gema preciosa foi extraída e vendida de forma ilegal para os Estados Unidos na década de 2000, e sua repatriação foi oficializada em janeiro.
Conhecida como Esmeralda Bahia, a pedra preciosa pesa quase 380 kg e está avaliada em R$ 2,3 bilhões. De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), a joia preciosa foi transportada para o país americano usando documentos falsificados.
Em 2017, uma sentença da Justiça Federal em Campinas, São Paulo, condenou dois réus por enviar ilegalmente uma esmeralda aos Estados Unidos. A decisão também determinou que qualquer pessoa que possuísse a pedra deveria devolvê-la ao Brasil.
Em novembro de 2024, a Justiça dos Estados Unidos atendeu a solicitação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para que a pedra fosse retornada ao Brasil, porém a oficialização só aconteceu em janeiro deste ano.
A Advocacia-Geral da União declarou que, uma vez que a pedra preciosa chegue ao Brasil, ela será exibida no Museu Nacional do Rio de Janeiro.