Itapebi em Foco: Proposta de Lei desperta a fúria dos docentes da rede municipal de ensino.

 

A noite de terça-feira (06/05) foi caracterizada por intensa tensão na Câmara Municipal de Itapebi, com a aprovação do Projeto de Lei No 020/2025, de iniciativa do Poder Executivo, que sugere a reformulação e administração do Plano de Carreira dos docentes municipais, sob o argumento de adequação à situação financeira da cidade. O processo de votação, liderado pelo Presidente da Câmara, Cid Silva, provocou a ira dos docentes presentes, resultando no término abrupta da sessão em meio a protestos e acusações. 

A origem do conflito está nas mudanças sugeridas pelo projeto, vistas como prejudiciais aos direitos dos trabalhadores. De acordo com informações, a ideia inicial incluía a supressão da gratificação de regência de classe de 30%. Depois de uma articulação realizada pelo vereador Leonardo Ribeiro dos Santos, membro da Comissão de Justiça e Redação Final, essa gratificação foi diminuída para 10%. O legislador também destacou como progressos a confirmação do cumprimento dos aumentos federais do Piso Nacional da Educação e o compromisso de futuras discussões para aprimoramentos na carreira.

No entanto, a aprovação do projeto com 09 votos a favor não apaziguou os educadores, que se posicionaram de forma agressiva, acusando os vereadores de "covardes". A coordenação local da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia) em Itapebi intensifica as críticas, acusando o prefeito Isan Botelho de não manter um diálogo aberto com a classe. As demandas dos docentes ultrapassam o tema da gratificação de regência. O grupo argumenta que a atual administração não obedeceu a uma decisão judicial que anulou o congelamento de três anos nos reajustes do Piso Nacional da Educação, levando a três anos sem aumento salarial.

Além disso, denunciam o congelamento de benefícios e avanços na carreira, a interrupção do auxílio transporte e a violação das leis que regulam a educação municipal. Outra grande preocupação é a alegação de que o prefeito está considerando eliminar outras gratificações relevantes, como a ligada ao desenvolvimento profissional.

A atmosfera de animosidade era tão forte que a intervenção da Polícia Militar foi imprescindível para restaurar a ordem. Ao deixarem a Câmara, os docentes prometeram persistir na batalha pelos seus direitos e convocaram uma reunião da classe para estabelecer as próximas ações diante do panorama de insatisfação generalizada. O conflito entre os professores de Itapebi e a administração municipal parece estar longe de um término, deixando a comunidade escolar preocupada com as consequências dessa crise.

Fonte: Belmonte News

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