As ruas de Belo Horizonte foram tomadas por milhares de pessoas neste domingo de Carnaval (2). Os conjuntos reuniram-se em várias áreas da cidade.
A festa teve início às 7h, com o Lagum na Avenida, na Savassi, na área Centro-Sul de Belo Horizonte. Ao longo do desfile, a banda sugeriu um "beijaço" com o objetivo de desafiar o recorde mundial de maior número de indivíduos se beijando ao mesmo tempo, que atualmente é de 39.879.
O Pena de Pavão de Krishna agitou a Avenida José Cândido da Silveira, no bairro Horto, localizado na Região Leste, às 8h. Um piquenique, ciranda e pinturas no rosto criaram um ambiente de ligação espiritual e tranquilidade entre os foliões.
"Aqui temos a oportunidade de nos conectar com a natureza e realizar uma celebração espiritual, o ambiente é muito agradável", afirmou o empresário André Andrade ao justificar a escolha do bloco.
Na região Centro-Sul, no bairro Funcionários, o Beiço do Wando atraiu uma multidão para a Avenida Brasil. O cortejo, que contou com a participação do trio Fat Family e do apresentador Zeca Camargo, teve como tema "Quero vê-la sorrir", uma mensagem sobre a força das mulheres e a relevância de cada uma delas se sentir bem durante o Carnaval.
Renata Lana, viúva do cantor Wando, é dançarina de ventre e participou do desfile usando a mesma fantasia que usou quando pousou com o marido durante a gestação da filha do casal, Maria Sabrina.
"Este desfile é repleto de emoção, pois é um meio de manter o Wando em atividade. "É um bloco muito animado, pois foi um sucesso e o Wando iniciou cantando samba", recordou Renata.
No coração da cidade, o Abalô-caxi agitou os foliões na Avenida Amazonas. O bloco, com o tema "Sulear - Arco-íris Tropical", comemorou a diversidade LGBTQIA+, as influências da cultura afro-latina e a tradição de Minas Gerais.
Com uma banda formada por aproximadamente 250 indivíduos, a inovação deste ano foi a presença da ala de dança à frente do desfile.
No bairro Santa Efigênia, às 9h, o Todo Mundo Cabe no Mundo promoveu a inclusão e a batalha pela acessibilidade nas vias públicas. O bloco completou uma década de vida.
Ao longo do desfile, cadeiras de rodas foram disponibilizadas para indivíduos com mobilidade limitada, como idosos, mulheres grávidas, indivíduos obesos e com deficiência. O empréstimo foi sem custo e válido durante toda a apresentação.
No período da tarde, a Unidos do Samba Queixinho convocou os foliões para festejarem a literatura. O bloco prestou homenagem à escritora de Belo Horizonte, Carla Madeira.
"Carnaval e literatura têm muitos termos em comum, o samba é o tema e a fantasia está presente em ambos", afirmou a autora.
Durante o desfile dos blocos, houve várias menções à atriz Fernanda Torres e ao filme "Ainda Estou Aqui", que foi indicado ao Oscar.
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