Quando você ganhou seu primeiro celular? Guia sobre o uso de telas direciona pais e responsáveis sobre o uso das telas.

Os pais de crianças e adolescentes solicitavam um manual sobre o uso de aparelhos digitais às autoridades, especialistas e até ao universo e forças superiores. O Governo Federal estabeleceu as diretrizes para o ambiente escolar no começo de 2025, limitando a utilização de aparelhos nos colégios. A luz chegou em março, com um atraso, após a promessa de que o guia seria lançado em outubro de 2024.

São 164 páginas que concentram, sobretudo, advertências sobre os perigos de exposição a abusos, violências e bullying, bem como os possíveis atrasos no desenvolvimento e aprendizado que poderiam ser provocados pelo uso impróprio de aparelhos digitais.

A publicação, finalmente, responde à questão: qual é a idade adequada para adquirir o primeiro telefone móvel? A recomendação é que as crianças não devam possuir aparelhos celulares próprios antes dos 12 anos. Quanto mais cedo forem premiados, melhor para a saúde física e mental e o rendimento acadêmico.

Antes de efetuar a compra, é necessário fazer perguntas para guiar a decisão, questionando aspectos como o propósito do aparelho (que deve ultrapassar a pressão de um grupo de amigos ou recompensar um comportamento exemplar). Também é necessário determinar se a criança ou adolescente compreende os perigos da internet e possui maturidade suficiente para gerenciá-los.

No que se refere a contas pessoais em redes sociais, é aconselhável obedecer aos termos de uso e à classificação indicativa de cada plataforma, que estipulam o uso somente a partir da adolescência.

O manual também destaca a relevância de definir como objetivo que os bebês não interajam com telas antes dos dois anos. Especialistas veem esse período como crucial para o progresso linguístico, cognitivo e emocional. Se houver contato, que seja pelo período mais breve possível. Deve-se dar prioridade às interações lúdicas e à exposição a músicas e livros.

O tempo de tela recomendado por especialistas brasileiros para crianças entre dois e cinco anos é de, no máximo, uma hora diária. Entre seis e dez anos, o limite diário deve ser de duas horas. Para jovens de 11 a 17 anos, recomenda-se um período máximo de três horas. Para todas essas faixas etárias, é recomendado que o uso seja realizado em espaços compartilhados da residência para simplificar a supervisão por parte dos adultos.

O manual admite que a posse de telefones móveis é uma realidade e seu uso, em algum grau ou instante, é inescapável. Também acredita que um uso adequado e responsável pode proporcionar vantagens aos indivíduos em desenvolvimento em termos de aquisição de conhecimentos, aprendizado escolar e proteção em situações de violência urbana.

Para um uso saudável, o documento enfatiza a importância do 'diálogo' entre os pais ou tutores e as crianças e adolescentes. A definição de normas para o uso deve ser adaptada a cada situação, dinâmica familiar e maturidade dos indivíduos envolvidos.

É importante destacar que as versões para crianças dos aplicativos podem e devem ser ativadas, bem como as medidas de segurança dos aparelhos para limitar o tempo de utilização e os conteúdos acessados. Apesar dos 12 anos, a utilização de celulares e redes sociais deve continuar sendo mediada pela família ao longo de toda a adolescência.

O guia descreve a mediação familiar como um conjunto de ações que incluem: estimular que crianças e adolescentes compartilhem suas experiências positivas e negativas, ser um modelo positivo, proporcionar momentos de qualidade em família sem telas, definir limites de tempo de uso, cuidar da rotina de sono (evite telas na cama e desconecte-se pelo menos uma hora antes de dormir), dar prioridade às atividades escolares e promover o uso positivo e inovador das tecnologias.

Fonte: Correios da Bahia 

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