A Prefeitura de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, dispensou um funcionário público após o falecimento de pelo menos 49 garças durante a poda de árvores na cidade. O Executivo municipal compartilhou a informação nesta quinta-feira (13). Ele se afasta do cargo até que as circunstâncias do incidente sejam investigadas.
Segundo o município, a suspensão do empregado tem como objetivo assegurar a imparcialidade e a integridade do processo de investigação acerca da morte dos animais. Uma investigação será conduzida nos próximos 20 dias, com possibilidade de extensão pelo mesmo período.
De acordo com a entidade, "todas as medidas apropriadas serão implementadas para identificar responsabilidades e implementar ações administrativas pertinentes, garantindo o devido processo legal, o direito ao contraditório e à defesa ampla".
A administração municipal de Lagoa Santa também declarou que foram implementadas ações administrativas em relação à empresa encarregada da poda. A cidade já havia comunicado que a autorização para a poda especificava claramente "a proibição da execução do serviço onde existissem ninhos e aves alocadas".
Pesquisas adicionais da Diretoria de Meio Ambiente irão estabelecer os métodos mais adequados para o plantio de novas árvores no local. Ainda não se sabe a razão para o trabalho executado na tarde de segunda-feira (10), na orla da Lagoa Central.
Habitantes e voluntários informaram que providenciaram caixas de papelão para abrigar os animais prejudicados pela poda e informaram às autoridades. O Grupo de Resgate Animal de Belo Horizonte (GRABH) resgatou 149 animais, sendo 127 adultos e 22 filhotes, na Avenida Getúlio Vargas, perto da Praça do Piquenique Literário, na orla da Lagoa Central.
As aves faleceram no trajeto para a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Belo Horizonte, onde os 100 animais que restaram estão sendo tratados.
A Polícia Militar registrou um boletim de ocorrência. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu uma notícia de fato, um procedimento inicial para investigar as condições da poda.
Em um comunicado, a Polícia Civil declarou que "está investigando as circunstâncias e a responsabilidade pelo possível dano ambiental decorrente da poda de árvores realizada na segunda-feira". A perícia oficial foi chamada ao local para realizar os exames e recolher evidências.
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