Mulher que assassinou a filha recém-nascida e deixou o corpo em uma caçamba é julgada por infanticídio.

 

A mulher que matou a própria filha após o parto e deixou o corpo em uma caçamba foi condenada nesta quinta-feira (6), na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. O delito ocorreu no mês de março de 2020.

A acusada foi sentenciada por infanticídio - quando uma mulher tira a vida de seu filho durante o parto ou logo após, sob a influência do puerpério - e ocultação de corpo. Ela terá que cumprir uma sentença de 2 anos e 9 meses de reclusão em regime aberto.

No mês de março de 2020, a mãe bateu na filha recém-nascida, logo após o nascimento, provocando politraumatismo na criança. Depois da agressão, ela trancou a garota em um carro durante toda a noite e, ao amanhecer, envolveu o corpo em uma sacola, colocou-o em uma caixa de sapatos e o depositou em uma caçamba.

De acordo com a acusação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a motivação do crime foi vista como torpe, já que a acusada estava grávida e acreditava que um filho naquele momento poderia interferir em sua rotina de estudos e trabalho. Quando percebeu a gravidez, a mulher ocultou do marido e da família para não ser impedida de se desfazer do bebê.

Ela cuidou da filha sozinha, em sua própria casa, enquanto o marido e os parentes organizavam um churrasco ao ritmo de música elevada.

De acordo com a Polícia Militar (PM), foram chamados por pessoas que descobriram o corpo da criança em um depósito de resíduos. Os soldados conduziram a criança até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Barreiro. No entanto, a bebê não resistiu aos ferimentos e chegou à unidade de saúde já sem vida.

A defesa da acusada afirmou que o delito foi um episódio isolado em sua vida, desencadeado por uma depressão. Ela, inclusive, reaproxima-se da família e cuida da enteada e dos filhos, tendo um bebê de 1 ano e 8 meses, que ainda amamenta, nascido de uma gestação posterior ao delito.

No seu relato, a mulher afirmou que nunca teve a intenção de matar o bebê, porém enfrentou uma intensa pressão e angústia durante a gravidez, e que não tinha como expressar seus sentimentos a ninguém.

A ré relatou que, no dia do delito, sentiu uma dor intensa e acordou no banheiro. Ela afirmou que não se recorda de ter agredido o bebê após o nascimento e não conseguiu compreender, logo após ser detida, o que realmente ocorreu.

A acusada também declarou que, somente após ser tratada por psiquiatras na prisão e iniciar o uso de medicamentos, começou a compreender a verdadeira extensão dos acontecimentos. E só então percebeu que estava com depressão e teve um surto. Ela também mencionou que, ao abandonar a bebê na caçamba, seu objetivo era que alguém a encontrasse viva.

Fonte: G1 Minas 


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