O Ministério Público está a investigar a alegação de um erro médico que resultou em coma em uma engenheira após anestesia de uma amiga médica.


A Promotoria de Justiça de Nova Lima está a investigar um possível incidente de erro médico que deixou a engenheira de produção Letícia de Sousa Patrus Pena, de 31 anos, em coma desde o dia 20 de setembro do ano anterior. A família de Letícia apresentou uma denúncia no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra a médica anestesista após a paciente apresentar sintomas de mal-estar e sofrer uma parada cardíaca durante um bloqueio anestésico para aliviar dores na coluna.

A família da vítima relata que o procedimento foi realizado na residência da médica, "um local completamente impróprio". Conforme relatado por eles, Letícia e a anestesista eram amigas de infância, sendo esta a segunda vez que o procedimento foi realizado desde que ela começou a experimentar dores crônicas na coluna, há quatro anos.
Conforme relatado pela família, não houve atendimento adequado quando Letícia apresentou uma reação negativa ao procedimento. Segundo eles, a médica não chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e decidiu transportar a paciente em seu próprio veículo até o Hospital Materdei de Nova Lima, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Letícia permaneceu hospitalizada no Materdei de Nova Lima até o dia 24 de outubro, quando foi transferida para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Depois de dois meses, ela foi novamente encaminhada para o Materno-Infantil da Avenida do Contorno, localizado no Bairro Barro Preto, situado na região centro-sul de Belo Horizonte.

O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) declarou, por meio de nota, que "todas as queixas recebidas, sejam formais ou de ofício, são investigadas. Todos os processos em andamento são mantidos em segredo, de acordo com o estabelecido no Código de Processo Ético Profissional. O caso também é investigado pelo Conselho Regional de Medicina.

Ao terminar o bloqueio, Letícia enviou uma mensagem pelo WhatsApp para seu parceiro, comunicando que estava com sintomas de gripe. De acordo com o relato da médica para nós, familiares, minha prima sofreu uma queda de pressão, ficando tonta. Depois, começou a ter delírios, gritando alto, vomitando, tendo uma convulsão e, finalmente, um ataque cardíaco.

Neste aspecto, ressalta-se que Letícia não estava em jejum, conforme recomendado pela médica, o que resultou em vomitar e inspirar o próprio vômito. No dia em que realizou o procedimento, ela telefonou para o marido, que estava em um escritório perto de sua casa. O esposo dela telefonou para o irmão (cunhado da médica e vizinho), e juntos, ele e o marido da médica, se dirigiram à casa da médica para levar Letícia ao hospital.

Letícia já estava em parada cardiorrespiratória quando chegou ao hospital. A partir deste instante, a parada cardíaca se estendeu por 18 minutos. Antes disso, não temos conhecimento. "Os exames de ressonância magnética e eletroencefalografia revelaram que Letícia sofreu sérias lesões neurológicas", afirma o relatório.

 


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