O pai de um estudante de uma escola municipal na Serra, na Grande Vitória, agrediu um cuidador da educação especial com socos e pontapés no começo da tarde de segunda-feira (10). As imagens de segurança da escola registram o instante em que o pai se aproxima e agride o profissional, de 43 anos, que desaba no chão.
A agressão ocorreu no Colégio Municipal Antônio Vieira de Rezende, localizado no bairro Central Carapina.
A Guarda Municipal e a Polícia Militar foram chamadas, porém o suspeito não foi localizado. De acordo com a Secretaria de Educação (Sedu) da Serra, o cuidador recebeu atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) apresentando escoriações no rosto, na cabeça, um inchaço e traumatismo craniano.
O incidente ocorreu durante a saída dos alunos da escola, aproximadamente às 12h. Nas imagens, é possível identificar o suspeito vestindo uma camisa branca, juntamente com seu filho usando uniforme e carregando uma mochila azul.
O indivíduo afasta o filho e se aproxima do responsável. Testemunhas relataram que o pai entrou na unidade ameaçando o empregado.
Os dois se escondem atrás das cercas do portão escolar e prosseguem com a conversa. Outros especialistas surgem e se aproximam do par. Após alguns instantes, as agressões se iniciam e é possível observar o pai dando pontapés no cuidador.
O profissional se despedaça. Parece que uma mulher vestida de preto do outro lado do portão está tentando solicitar auxílio. Outros empregados brancos se distanciam, enquanto uma mulher coloca a mão no cabelo e deixa o local.
O professor continua deitado no chão, enquanto o pai se afasta com o filho. Foi chamada a Guarda Municipal e a Polícia Militar, porém o indivíduo não foi localizado.
O Samu prestou socorro ao profissional e o conduziu a um hospital privado da região. O relatório médico indicou que o professor foi agredido fisicamente com vários socos e pontapés no rosto e na cabeça, e reclamava de dores.
Uma parente do cuidador, que preferiu não se identificar, informou que o homem foi vítima de traumatismo craniano. Até terça-feira (11), a vítima continuava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, onde permanecia sob observação, sem previsão de liberação.
A parente relatou também que o homem está na unidade há três anos e desconhece o que pode ter provocado as agressões.
Testemunhas contaram que na quinta-feira (6), o pai se dirigiu à escola e ameaçou os docentes.
A Sedu comunicou que a família do estudante será chamada para um encontro de monitoramento.
O órgão acrescentou que o caso está sob investigação pelas autoridades apropriadas e que ações estão sendo implementadas para intensificar a segurança ao redor da escola.
A Sedu também declarou que registrou o Boletim de Ocorrência perante as autoridades apropriadas.
A Polícia Civil esclareceu que, em casos onde não há prisões em flagrante, como neste caso, é crucial que a vítima registre o incidente na Polícia Civil.
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