Os Correios constituem um dos principais fatores que contribuem para o crescimento do déficit das empresas estatais em 2024. Conforme o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), a empresa estatal teve um prejuízo de R$ 3,2 bilhões no último ano.
O saldo negativo dos Correios corresponde a 50% do déficit total de 20 empresas públicas federais, estimado em R$ 6,3 bilhões (sem levar em conta as exceções previstas no orçamento). A soma não inclui grandes corporações, como a Petrobras e o Banco do Brasil.
"Grande parte da explicação do crescimento do déficit se deve ao aumento do déficit dos Correios, que de fato se intensificou." E a situação dos Correios requer nossa atenção. "O governo está empenhado em debater ações de sustentabilidade financeira", declarou Elisa Leonel, secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do MGI.
A secretária declara que os Correios cessaram investimentos, terminaram contratos e perderam receita ao serem incorporados ao Plano Nacional de Desestatização, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Leonel rejeita uma possível reinclusão da empresa estatal no programa de privatização e uma possível quebra do monopólio dos correios no Brasil.
"Portanto, precisamos desenvolver receitas alternativas, negócios que gerem receitas. Este é o projeto que estamos debatendo: quais são os segmentos onde os Correios pretendem expandir sua presença para gerar receitas extras", afirmou.
Outras empresas estatais que causam preocupação ao governo incluem a Infraero, responsável pela gestão de aeroportos, e a Casa da Moeda.
Em comunicado, os Correios afirmaram que o desempenho de 2024 foi afetado por diversos elementos, incluindo a diminuição das receitas no setor postal, a implementação do Remessa Conforme (programa que padronizou as compras em lojas online internacionais) e os investimentos realizados pela empresa.
Fonte: G1 Globo
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